quarta-feira, 1 de julho de 2009

Meu porto seguro.


Depois que perdemos alguém, como faz pra lidar com a saudade? Quem criou a saudade não sabia o que era amor. Não aguento mais essa falta que eu sinto de você. Do seu abraço, dos seus conselhos, de como só você sabia me confortar e me por na direção certa todas as vezes que eu errava. Das noites em que você me contava histórias sobre o seu passado, antes de eu ir dormir, e me fazia um cafuné que só você sabia fazer. Sinto falta das brigas também, dos dias em que você perdia a paciência, explodia de raiva e passava dos limites com palavras pesadas. Tudo isso para que num instante seguinte você tentasse se redimir do exagero de ter gritado comigo.
Não nego que falei besteiras demais e só agora percebo como tudo isso foi uma mera perda de tempo. Eu devia ter pedido pra você ficar. Não podia ter me permitido deixar você partir... Infelizmente isso estava fora do meu alcance e era questão de dias pra que tudo tivesse um fim e assim se iniciasse um novo começo. Uma nova vida sem você.

Eu só me dei conta de que você tinha ido embora semanas depois, meses depois... É que é tão bom se enganar de vez em quando. Fingir que nada aconteceu, que tudo foi um pesadelo, um daqueles no qual eu chamava você no meio da madrugada, pedindo socorro. E você como sempre, corria pra me salvar não importasse aonde eu estava, não importava a distância. Nem que você tivesse que enfrentar junto comigo os perigos da noite, os monstros imaginários, eu sei que você estaria lá.

É díficil levantar todo dia de manhã e perceber que você não está lá pra me dar um suave "bom dia". Pra chegar até mim e dizer: "Não esqueceu nada né? ótimo! então bom dia." Porém, eu tinha sim me esquecido de algo, do simples: "Bom dia pra você também, er... EU TE AMO."
Por que com você eu não conseguia falar claramente essas três palavras? é como se toda vez que eu tentava, meu estômago embrulhasse e eu simplesmente ficasse muda. Sempre me escondia, como se tivesse com medo de te falar isso. Mas dizer "Tchau. Até mais. Adeus" eu SEMPRE soube dizer. Alguns falam que essas palavras são muito complexas e mesmo assim, nunca errei ao quase soletrar elas.
Era como se eu não esperasse que algo de ruim fosse acontecer, mesmo sabendo que ninguém dura pra sempre. A validade um dia acaba, e você fica desgastado. Até que é jogado fora. Tudo tem seu tempo, não só os objetos ou alimentos; as pessoas também. Seria estranho se fóssemos imortais, mas teria um lado positivo. Imagine? Ficar com as pessoas mais queridas, eternamente? De fato um paraíso, de fato um sonho, e apenas isso.

Lembro que quando pequena, você era meu favorito. O número 1, o melhor do universo. Quando você me colocava nos seus ombros eu sentia que podia voar, eu era capaz de fazer QUALQUER coisa. Tudo parecia tão mais bonito lá de cima, colorido, diferente, cheio de vida. O modo típico da visão de uma criança feliz. Eu não queria descer nunca, eu me sentia segura. Você nunca me deixaria cair, eu sabia disso. E se por distração eu fosse ao chão, você me agarraria com força antes de eu tocar a terra fria. Me levantaria e me colocaria sobre seus ombros de novo, me levando a voar novamente. Você sempre cuidou de mim como um verdadeiro protetor deve ser. Era o meu porto seguro.

E agora que me perdi? O que fazer pra me encontrar de novo, achar meu rumo e seguir em frente? Afinal, sempre fui tão dependente da sua presença e das suas escolhas sobre o que seria melhor pra mim. Você se foi e eu não te sinto mais aqui. Não lembro mais como era o seu sorriso, suas lágrimas, seu olhar, seu cheiro... parece que tudo se apagou sozinho. Não é como no ínicio em que parecia que você só tinha viajado, tirado uns dias de folga. Agora sim, eu sinto a cruel, fria e dura VERDADE. E ela dói... dói demais.

TIC-TAC TIC -TAC


Preciso de um tempo pra me desconectar do mundo. Preciso relaxar, necessito de um cigarro e bons goles de café. Preciso permanecer num transe, desligada de tudo, viajando num universo paralelo ao conhecido pelos normais. Por favor, me chame só quando acabar. Quero ficar de olhos fechados. Acordar agora não é um bom momento. Me esqueça MUNDO! Cansei de você.

GET UP! the time is now....

WAKE UP


Ando dormindo demais pra vida, deixando o lado bom dela passar. Mas sempre vem aquele meu lado maligno, como um anjo caído repousando sobre o meu ombro, sussurrando de leve: "ACORDE! a vida é um lixo, não serve pra nada. Jogue fora, desista!! pra que perder tempo numa história no qual você já sabe o final? Qual é a graça?". É quando ocorre um conflito; outra voz fica me dizendo: "ACORDE!! A vida é uma só, não perca tempo se preocupando com coisas ruins. VIVA e seja feliz!"

"Don't waste your time, or time'll waste you" (Muse)
"Whata hell am i doing here? i don't belong here..." (Radiohead)

Qual dos chamados ouvir? Para qual deles acordar? ;$

O de sempre


"Você tem 5 minutos para mergulhar na tristeza profunda. Aproveite,desfrute,descarte... e siga em frente!!!" (Tudo acontece em Elizabeth Town)

Por que sempre que estou próxima dos outros, eu me sinto o ser mais patético e deprimente do mundo? Será que é porque eles aparentemente são felizes demais, ou eu que sou triste ao extremo? Eu só queria saber como as pessoas fazem pra extrair algo positivo de tudo que acontece, inclusive coisas ruins. Talvez eu é que só consiga ver o lado negativo de tudo, fechando os olhos pras coisas boas. Como eu me permito chegar a tal ponto e ficar me sentindo dessa maneira? O que eu estou fazendo comigo mesma? Talvez nada mais me cure, nem minha própria consciência seja capaz de me calar e eu continue aqui, reclamando á toa.

Ps. Eu preciso de terapia intensiva, haha.


Lembrei a senha do meu livejournal antigo. Odeio quando isso acontece mas enfim, estava lendo tudo que eu coloquei nos meus últimos posts e descobri que não mudei nada, HAHA. As coisas de sempre, os sentimentos de sempre, as frustrações de sempre... Como eu espero que daqui a alguns anos (se eu não estiver morta até lá) eu consiga ler o que digito aqui e rir disso tudo, eu resolvi postar meus antigos posts.

(24 June 2008 @ 10:13 pm)

Eu estava à uns dias pensando em fazer um livejournal e aqui estou começando o meu. Sinceramente eu nem sei porque estou criando um pra mim, já que ando com uma preguiça inxeplicável de fazer tudo, inclusive pensar. Ultimamente ando desmotivada, desistimulada, desanimada, desbocada, desinteligente, praticamente qualquer palavra que tenha o prefixo "des" na frente, ou, "in": incompleta, indiferente, insuficiente, inexplicável, intócavel, incomum... Os motivos nem sempre são claros, acho que são só os malditos hormônios, a puberdade surgindo em meio da adolescência, pra confudir minha cabeça, meu corpo e minha alma. Creio não ser a única a fazer isso, afinal, todos nós sempre temos em quem ou em que botar a culpa de tudo que nos acontece, na maioria das vezes. Eu pelo menos, vivo procurando fatos que sejam motivos para mudar de humor, ou errar. Às vezes tento dizer pra mim mesma que simplesmente acordei com o "pé esquerdo" e por isso tudo deu errado no meu dia, mas no fundo sei que nem sempre é isso, pra tudo se tem um porquê, querendo ou não. Culpa do orgulho, fato. Um dos "pequenos" pecados que nós humanos insistimos em cometer.
Bom, em relação à pecados assumo que cometo todos eles: preguiça, gula, inveja, orgulho, avareza, vaidade e luxúria. Não vou dizer que me sinto bem por cometê-los mas são coisas do ser humano, infelizmente, são atitudes NORMAIS! As pessoas são assim, eu não sou a única, e tenho certeza absoluta, e por isso já me sinto um pouco melhor, mais aliviada diria.
Tirando esses pecados, o pior de tudo é que ando muito egoísta, autosuficiente, teimosa, e MUITO egocêntrica. Odeio me sentir assim, e sinceramente não sei quais são os motivos pra eu me sentir assim, até porque eu NÃO sou METIDA, eu sei disso! sou humilde demais até, eu não tenho porquê de ficar me achando ou querendo aparecer pra alguém. Mas enfim, para concluir, creio que a partir de hoje ou pelo menos daqui a alguns dias eu levante a bunda da cadeira e faça algo pra mudar de vida, no fundo sei que não vou fazer porcaria nenhuma e vou continuar a mesma merda de sempre, mas enfim, gosto de fingir que sou um pouco otimista. Acho que só precisava me abrir um pouco, desabafar com alguém, mas já que não tenho coragem suficiente pra falar sobre os meus problemas com a minha família ou com os meus amigos, eu demonstro meus sentimentos aqui mesmo.

Ps. I love you

Voltando a ativa, ou não....
January 25th, 20:11 (posts do livejournal)



Ps. I love you. Um dos filmes mais lindos que eu já vi até hoje, e que entrou pra minha top list de filmes favoritos. Ele me lembrou do que é perder alguém, como foi com o meu pai. E ao mesmo tempo do que seria perder o grande amor da minha vida, se eu tivesse um ;$ Mas enfim... No filme, ele mostra uma mulher que acaba de perder o marido e não consegue lidar com isso logo de cara. Ele começa com o casal discutindo, tendo aqueles brigas bobas que todos já tivemos num relacionamento e logo depois eles se acertam e vão dormir juntos. No princípio se pensa que ela não merece um homem como ele, ela chega a ser meio mimada e fresca, e ele sempre positivo, engraçado e carinhoso com ela, dizendo que tudo ia melhorar e que ele a amava muito. Logo nos primeiros 10min do filme, mostram o velório de Gerry (personagem de Gerard Butler) ao seu estilo. Todos num bar, bebendo e se "divertindo".

O tempo passa e ela fica em casa arrasada no dia do seu aniversário, põe uma de suas músicas favoritas, veste as roupas que o marido costumava usar e começa a dançar e cantar, desabando em lágrimas. Minutos depois, os amigos vão ao seu apartamento tentar alegrá-la. Um deles a entrega o último presente dele, aonde ela acha um gravador com a voz de seu marido dizendo que no dia seguinte ao seu aniversário iam chegar pelo correio cartas que ele enviou, dizendo o que ela deveria fazer daqui pra frente após a sua morte.



Na primeira carta ele manda ela comprar o abajur que ele falava pra ela por ao lado da cabeceira da cama, pra assim, quando ela fosse deitar e estivesse escuro ela não se machucasse no pé da cama, o que fazia sempre. Depois manda ela ir ao Karaokê, o que a fazia morrer de vergonha por cantar na frente de todos os amigos, mais uma vez. Nessa parte ela chora por lembrar do dia em que ele a levou lá, e a desafiou a cantar pra todos.Ela tinha medo de se arriscar e ele a provocou, apostando 100$ que ela não subiria no palco. Ela resolveu subir e ir mostrar que conseguia fazer aquilo. Não deu muito certo porque além de cantar muito mal, ela caiu no palco e se machucou toda. No hospital ela brigou com ele, dizendo ser culpa de Gerry ela ter caido. E ele como sempre ria, mas ao mesmo tempo se sentia culpado por tudo. E foi quando ela percebeu que botava culpa nele por tudo que a acontecia, se sentindo arrependida (porém, tarde demais). Em outra carta, ele a manda botar uma roupa bem diferente e sair pra balada com as amigas, pra se divertir. Ela volta trêbada e nem ao menos se lembra do que fez na noite passada, até vomita em um dos seus amigos.



Gerry também dá uma viagem pra Irlanda (Terra natal dele) com duas amigas, pra ela conhecer novos horizontes, novas pessoas e também pra relembrar os bons momentos que eles passaram juntos no lugar onde se conheceram pela primeira vez. Na carta ele diz pra ela ir fazer algo que nunca fez, como pescar. E deixa cartas pras amigas também, dizendo pra elas animarem Holly (personagem de Hilary Swank). A noite elas saem para o bar onde os dois já tinha ficado ao se conhecerem. Ele tocava numa banda nesse barzinho. Lá ela acaba conhecendo Will. No ínicio fica meio desconcertada com ele, por não ficar com outro homem além de Gerry há muito tempo. Na cozinha eles acabam se beijando e vão pra cama. Depois ela descobre que ele era um velho amigo de Gerry, e se sente estranha, como se tivesse traido o falecido marido. No final, os dois ficam conversando sobres as aventuras de Gerry e Will, o que a faz se sentir melhor.



Na maioria das cartas ele tenta a fazer ver que de nada adianta ficar triste pela morte dele por tanto tempo, que de nada ia adiantar ela prolongar o processo de luto. O mundo que ela conhecia com ele, tinha tido um fim. Como ele dizia sempre pra ela, novas coisas acontecem e nos fazem ver um mundo diferente do que já era conhecido, tudo se renova. Sim, o mundo dela pode ter desabado naquele instante, mas nada acabou pra sempre. A vida segue em frente e ela tem que entender isso, se acostumar. Ele fez com que ela visse que ficar se prendendo a ele ia ser desperdício de tempo, as coisas deveriam fluir naturalmente daqui pra frente e ela teria que aprender a viver sem a presença dele. Mas sabia que de uma coisa ela nunca ia esquecer: o como e o quanto ele amava ela, o como o dia em que eles se conheceram foi inesquecível, o começo de uma nova vida pros dois e como ele ficou feliz de ter ajudado aquela garota perdida, pensando:

"Nunca vi uma garota com tantas cores.. mas de alguma forma, todas aquela cores pertenciam a você"
"Eu não fazia idéia do que você estava falando... mas estava adorando seu jeito de falar"

De fato, foi a segunda parte que mais chorei no filme todo, quando ela vai a casa dos pais dele. Ela lembrando todos os bons momentos que passou com ele, toda uma vida juntos. Ai... eu quero um Gerry Kennedy pra mim *-*.
Infelizmente eu sou o tipo de pessoa que esquece o inesquecível. Esqueci o que ela diz nas parte que mais chorei no filme. A que ela procura pela mãe e outra com um amigo. Nessas cenas ela desabafa algo do tipo: "Por que isso teve que acontecer? Deus coloca esse homem maravilhoso na minha vida, e tira ele de mim dessa maneira. O que eu fiz pra merecer isso? Eu devia ser feliz demais. (...) Já faz um ano que o Gerry morreu e eu percebi que estou começando a esquecer ele. Eu não sinto mais a presença dele, só agora percebi que ELE SE FOI. Ele não está mais aqui(...) EU NÃO CONSIGO MAIS RESPIRAR, eu não consigo respirar sem ele..."
Eu me identifiquei muito com essa parte, lembrei muito do meu pai. Engraçado essas coisas acontecerem. A gente sempre se pergunta POR QUE? por que comigo? ): mas no fundo acontece com todo mundo um dia. A morte faz parte, a saudade também. Tudo tem um começo, um meio e um fim. E temos que entender que um dia vai acontecer com a gente, só não devemos enlouquecer esperando por isso. E no meu caso, preciso entender que minha vida não acabou, eu ainda tenho chances de ser feliz, mesmo não tendo mais meu pai comigo.

Primeira de muitas vezes que vou ver esse filme. Frases que mais gostei no filme, e todas as cartas do Gerry:

"Você foi a minha vida Holly,mas eu sou apenas um capitulo da sua."
"Existem Amores que duram mais que uma Vida"




A Briga, cena inicial.



Gerry: " O que você quer? O quê? Porque eu cansei de tentar descobrir. Um apartamento maior? Arrumo mais um emprego. Quer um filho? Não quer um filho? O que então?
Porque eu sei o que eu quero! Está em minhas mãos agora.
E você? Sabe o que quer? É melhor dizer agora se não sou o que você quer."

(...)

Holly: "Eu não que cometer nenhum erro."
Gerry: “Então você está na espécie errada, amor. Seja um Pato."



"O nosso amor vai durar. E sabe como eu sei? Porque todo dia quando acordo a primeira coisa que eu procuro e quero ver é o seu rosto."
"Saiba que, onde quer que eu esteja,estou com saudades."

"No inicio você não me parecia real.eu nunca tinha visto tantas cores numa garota.Mas você combinava com aquele lugar.Voce e todas suas cores."

"A vida havia mudado,e agora mudou de novo amor."

"Meu negocio é criar. O que a gente faz não importa"

"Às vezes, a gente precisa viver a vida uma carta por vez"

" Não percebemos o privilégio que é envelhecer com alguém que não te dá vontade de se suicidar, ou que humilha você de forma irreparável."

"Não tenha medo de se apaixonar de novo,
fique atenta áquele sinal de que não haverá mais nada igual"




Holly: "Eu posso sentir você me abraçando, aqui comigo..."
Gerry: "Isso é porque eu estou te abraçando. Eu sempre estou com você"


Primeira carta:
Fique livre dos hematomas e compre um abajur pra você. E lembre-se, uma diva da disco precisa estar atraente. Compre uma roupa estonteante. Precisará pra quando minha próxima carta chegar. E sei que odeia o seu emprego, mas irei ajudar. Procure por um sinal.
Saberá o que fazer. P.S. Eu te amo.


Segunda Carta:
Holly, vá em frente diva da disco. Karaokê esse mês. Cante e nunca se sabe poderá ser reconpensada. P.S. Eu te amo


Terceira carta:
Minha jaqueta de couro é pra você. Sempre adorei vê-la em você. Mas o resto das minhas coisas, você não precisa. Consiga espaço nesse maldito apartamento pra você. Vá em frente. Está na hora, querida. P.S. eu te amo.

Quarta carta
Para a minha garota de Galway. Você é um anjo por vir ver os meus pais. Eu te disse que minha mãe não te odiava. Bem, não mais. Você agora está parada no forte, onde eu pensava nas coisas mais importantes. Aqui foi onde fiquei pensando em ti após a primeira vez que nos conhecemos. Você não me parecia real inicialmente. Eu nunca havia visto tantas cores em uma garota antes... mas você parecia pertencer àquele lugar. Você e todas as suas cores. Lembra da primeira coisa que disse pra mim? (Estou perdida) Oh, você não me parecia perdida, não pra mim.
...
A vida que eu conhecia havia mudado. E agora mudou novamente, amor. Veja, não me preocupo que se lembre de mim, é daquela garota da estrada que você sempre esquece. Meu negócio é criar. Nem mesmo importa o que você faz. Você me disse isso, lembre-se. P.S... Vá pra casa. Vá descobrir. Encontre aquela coisa que te torna diferente das demais. Eu ajudarei. Procure por um sinal.

Última carta:
Querida Holly, Eu não tenho muito tempo, não digo literalmente é que você foi comprar sorvete e vai voltar logo! Mas tenho a impressão de que é a última carta porque só resta uma coisa pra dizer, não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda, é para dizer como você mexeu comigo, como você me ajudou me amando, você fez de mim um homen, Holly, e por isso eu sou eternamente grato, literalmente. Se pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou insegura ou perder completamente a fé vai tentar olhar para si mesma com meus olhos. Obrigado pela honra de ter você como esposa, eu não tenho o que lamentar, tive muita sorte. Você foi a minha vida Holly, mas eu sou apenas um capítulo da sua, haverá mais eu prometo portanto aqui vai o meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo, fique atenta àquele sinal de que não haverá mais nada igual.
P.S. Eu sempre vou te amar.




A carta da Holly

Querido Gerry. Você disse que queria que eu me apaixonasse novamente. E talvez algum dia eu me apaixone. Há muitas formas de amor lá fora. Esta é minha única Vida. E ela é maravilhosa e terrivelmente curta ao mesmo tempo. E nenhum de nós sairá vivo dela. Eu não tinha um plano, exeto que já era hora da minha mãe voltar a sorrir. Ela nunca tinha visto o mundo. Ela nunca tinha ido a Irlanda. Então, eu a levei até onde nossa história começou. Talvez agora ela entenda. Eu não sei como você fez, mas me resgatou dos mortos. Escreverei novamente pra você em breve. Ps: Adivinha o que?'

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Fora do meu próprio dicionário.



Dizem que nem sempre se tem tudo o que quer. No meu caso penso que deveria ser: você nunca vai conseguir o que você quer. Dizem que quanto mais você for otimista, desejar e lutar por algo que você realmente queira, no final você vai conseguir. Você vai chegar lá. Existem boas chances de você concretizar tal desejo um dia, só não se sabe qual dia, nem como. Mas enfim... Um dia.

O engraçado é que comigo esse tal “dia” nunca chega. E olha que paciência é uma virtude. Aliás, falando em paciência, hoje fui procurar na internet (é, foi pela preguiça de olhar num dicionário) sobre essa palavra e o que achei foi exatamente isso:

  • Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, tendo ação tranqüila e acreditando que você irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes, de aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha obtido, capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção, sem ter pressa, capacidade de se libertar da ansiedade. A tolerância e a paciência são fontes de apoio seguro nos quais podemos confiar. Ser paciente é ser educado, ser humanizado e saber agir com calma e com tolerância.

Depois de ler esse mini-texto, eu vi que havia sublinhado outras quatro palavras: VIRTUDE, CALMA, TEMPO, TOLERÂNCIA. Eu não procurei o significado das mesmas. Não achei necessário. Por mais que eu conhecesse a tradução de todas elas, eu não sabia utilizá-las no dia-a-dia e essa foi outra coisa que achei engraçada. Então analisei os fatos em relação ao que o texto dizia e conclui: meu lado emocional está totalmente desequilibrado, sempre pesando para o pior dos lados. Eu não consigo suportar dificuldades, muito menos incômodos e já me sinto uma impotente, um lixo que nunca alcança seus objetivos. Eu nunca persisto numa atividade difícil porque o pessimismo já fala por mim: “Pra que tentar? Você não vai conseguir mesmo. Sua inútil HAHA”. Ansiosa eu sempre fui e sempre vou ser. Quando preciso ouvir os conselhos de alguém, eu escuto com atenção, mas não absorvo todas as idéias ou deixo elas em segundo plano, deixo pra depois. Eu nunca fui calma. Sempre fui agitada, ansiosa, hiperativa, e um tanto pirada. A verdade é que não sei como consigo ser um vegetal na maior parte do tempo. Mas isso já é por culpa da preguiça mesmo.

Tempo? Bom, por eu não ter paciência, eu não costumo gostar de coisas que demoram pra acontecer. Gosto de tudo muito rápido, tudo AGORA. E a tolerância? Mmm, essa sim eu posso dizer que não existe no meu mundo, então nem comento sobre ela.







Fantasia se misturando com a realidade.

Existem certos momentos em que eu penso que tudo na minha vida não passa de um pesadelo ou um sonho muito mal feito, uma brincadeira de mau gosto que alguém faz comigo ou eu faço comigo mesma. Eu tento acordar, faço de tudo pra sair daquele intenso transe no qual permaneço e não consigo, como se algo mais forte me impedisse de fazer isso. Como se eu tivesse perdido o poder de realizar minhas próprias vontades, minha força de mover as pernas, e até mesmo o pensamento.

A mágica de bater três vezes os calcanhares na tentativa desesperada de se transportar a uma dimensão menos cruel, para "além do arco-íris", não funciona tão bem como nos filmes... Quem me dera a vida aqui fora fosse como à das telas. No final, eu estou caindo num poço sem saída, numa estrada sem volta e o tempo é curto demais pra voltar atrás; eu estou num close pro fim, mergulhando e me afogando num rio de lágrimas que eu mesma deixei cair. Me sinto frágil, pequena. Vou citar dois dos meus filmes favoritos em relação a isso; falar um pouco sobre eles. "Wizard of Oz" e “Alice in Wonderland”.

No primeiro, após um tornado em Kansas, Dorothy vai parar com sua casa e seu cachorro na fantástica Oz, onde as coisas são coloridas, bonitas e mágicas. Porém, o seu maior desejo é retornar de volta para casa, para isso ela deve encontrar um mágico, que lhe mostrará como realizar esse seu desejo. Para chegar até ele, contudo, Dorothy, juntos com seus três novos amigos, viverá uma aventura inesquecível através do caminho de tijolos amarelos.


É fato que eu daria de tudo para que esse mágico existisse e me indicasse que direção e sentido tomar. Mas se pensar bem, tudo perderia a graça. Não tem lógica você já saber a o que está predestinado, a diversão é percorrer o tal caminho de tijolos amarelos e se arriscar, até descobrir no que vai dar o final dele. A maior defesa contra lógica é a estupidez. Por isso não devemos ter medo de se arriscar, de ser estúpido, nunca. Mesmo que o resultado sejam más consequências, saiba que você perdeu, mas tentou. E só por isso já é vitorioso(a). Como diz num mini-texto que eu adoro:

"Rir é correr risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Estender a mão é correr o risco de se envolver, expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu. Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas. Amar é correr o risco de não ser correspondido. Viver é correr o risco de morrer. Confiar é correr o risco de se decepcionar, tentar é correr o risco de fracassar. Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada. Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem. Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade. Somente a pessoa que corre riscos é livre."

xxx


- "Eu só queria saber que caminho tomar..." disse a pequena menina ao Gato.
- "Isso depende do lugar onde quer ir." Respondeu o Gato Risonho.
- "Realmente não importa."
- "Então não importa que caminho tomar."

Um dos trexos mais perfeitos que já vi num filme.
Alice é menina curiosa e cansada de seu mundo monótono. Após seguir um coelho de colete e relógio, embarca em uma aventura por um mágico mundo cheio de figuras inusitadas. Tentando encontrar o coelho, acaba conhecendo diversos personagens marcantes e se envolve em grandes confusões. A personagem passa boa parte do filme procurando incansavelmente pelo coelho de óculos ovais e seu relógio de ouro, até que se perde e encontra um mundo de fantasias, sua própria utopia virando realidade.

Ah... Como é bom sonhar acordado, um sonho bom, um sonho vívido e só seu. Uma pena que sempre te acordam na melhor parte.
Acho que me identifico mais com a Alice, mas no meu caso o coelho seria... Respostas. Respostas para todas as dúvidas que me perseguem e fazem eu me perder no meio do caminho em busca delas. De fato, as pessoas se alegram em ser iludidas e de terem o poder de criar seus próprios universos, onde tudo é colorido, tudo é feliz e nada de ruim pode acontecer. É a famosa liberdade. Porém, a liberdade é como uma droga qualquer: em excesso pode fazer mal, e até mesmo levar á loucura.


Em algum momento eu fico cansada; cansada de tentar mentir pra mim mesma e pros outros, e acabo sendo sincera ao extremo. Me arrependo e percebo que vale ser honesta, mas vale ser falsa também, tudo é um equilíbrio constante entre o bem e o mal, o certo e o errado, o bom e o ruim. Apesar da vontade de ver uma verdade que talvez não exista, eu fecho meus olhos e durmo de novo, me tranco numa sala fechada chamada consciência, e só saio de lá quando acho necessário. Eu fico sem saber o que fazer, pra onde ir, com quem falar. Eu não confio mais em ninguém pra desabafar, contar meus segredos. E agora? Se não posso confiar nos outros, em quem vou confiar? No que ou em quem vou acreditar que pode fazer eu me sentir segura? Ás vezes começo a pensar que nada mais faz sentido, que eu estou perdendo a noção das coisas.
No meio da multidão eu fingo que nada acontece, tudo são risos, flores, e alegrias. Me sinto presa dentro de uma caixa que nunca se abre pra nada nem ninguém, me sinto encurralada e claustrofóbica.

Nobody Knows - Pink ♫

Nobody knows

Nobody knows but me that I sometimes cry
If I could pretend that I'm asleep
When my tears start to fall
I peak out from behind these walls
I think nobody knows

Nobody knows, no

Nobody likes
Nobody likes to lose their inner voice
The one I used to hear before my life
Made a choice
But I think nobody knows
No, no
Nobody knows, no

Baby
Oh, the secret's safe with me
There's nowhere else in the world that I could ever be
And baby, don't it feel like I'm all alone
Who's gonna be there after the last angel has flown
And I've lost my way back home
I think nobody knows, no
I said nobody knows

Nobody cares
It's win or lose, not how you play the game
And the road to darkness has a way
Of always knowing my name
But I think nobody knows
No, no
Nobody knows, no, no, no, no

Baby
Oh, the secret's safe with me
There's nowhere else in the world that I could ever be
And baby, don't it feel like I'm all alone
Who's gonna be there after the last angel has flown
And I've lost my way back home
And no, no, no, no, no
Nobody knows
No, no, no, no, no, no

Tomorrow I'll be there, my friend
I'll wake up and start all over again
When everybody else is gone
No, no, no

Nobody knows
Nobody knows the rhythm of my heart
The way I do when I'm lying in the dark
And the world is asleep
I think nobody knows
Nobody knows
Nobody knows but me
Me.

Arrependimento...

A vida possui certas situações um tanto engraçadas, que até mesmo eu não entendo na maior parte do tempo. Por exemplo, uma simples briga física (bater num outro alguém), pra mim é muito pouco em relação a uma briga com palavras e gestos, uma briga informal e cheia de sinceridades. Afinal, quando estamos com raiva (mesmo não querendo) costumamos descontar nosso mau humor nas pessoas, discutimos, e ás vezes até descarregamos esse ódio de maneira errada. Agredindo a pessoa não só sentimentalmente, mas fisicamente também. Ocorre uma explosão de sentimentos, confundimos as coisas, nos perdemos em meio do que foi dito.
Minutos depois percebemos o que foi feito, e em certas ocasiões nos arrependemos e pedimos desculpas no mesmo instante. Ou simplesmente
deixamos pra lá. O pior de tudo acontece quando ocorrem as famosas sentenças: "Me desculpe/ não foi minha intenção dizer isso/ eu não queria magoá-lo (a) / eu não medi minhas palavras. Foi você que pediu/A culpa foi sua. Você não deveria ter me machucado dessa maneira, não vou te perdoar JAMAIS!"



Pra que tentar explicar? você já disse o que queria, não tente se consolar ou piorar a situação. É o fim do começo, e o começo de um novo fim. Deixa estar...

Será assim tão difícil entender que naquele momento não foram ditas apenas palavras cheias de raiva, e sim, pequenas verdades escondidas atrás de gordas mentiras? Todas usadas de fachada para encobrir o que realmente se sente. Certas discussões ou brigas, por menores que sejam, se foram ditas tais palavras que podem o ofender, sobram entre elas às feridas, dores e marcas que só o tempo faz passar e leva pra longe. É muito difícil voltar a confiar numa pessoa que disse tudo o que achava de você por um simples momento, aquele momento único em que ela perdeu o controle e segundo a mesma, disse o que não queria. É praticamente impossível, voltar a olhar para aquela pessoa com os mesmos olhos. Você se sente inseguro (a), distante, com medo do que essa pessoa te magoe novamente, que volte a te ferir por NADA. Mesmo quando são motivos sérios, se for uma amizade verdadeira, ou o seu grande amor, não há nada que uma boa conversa não resolva, certo? Ou baixar a retaguarda, deixar o orgulho de lado, e tentar recomeçar do zero, nem isso adianta? Bom, em certos casos, não faz a mínima diferença nem pra você, nem para a outra pessoa. As coisas vão continuar como ficaram, não importa o quão franco você resolva ser, a partir de agora, tudo mudou daquele instante em diante.

Quando amamos demais uma pessoa, normalmente conseguimos perdoar seus erros banais, entender seus caprichos fúteis. Podemos até não aceitar ela como ela é por inteiro, mas se a amamos verdadeiramente, quase tudo é suportável. Apesar de todos os seus defeitos, você ama aquela pessoa, porque você a ama e não importa o por quê. Mas no fundo sabemos que em certo ponto haverá um limite e nem mesmo o amor bastará. Por que isso tem que acontecer?

Por que o amor não é suficiente? ) :
É o que eu me pergunto sempre que casos assim me ocorrem.

Brincar de ser fake...


Incrível como as pessoas têm essa mania de mentir para os outros e até para si mesmas. Até hoje eu não faço muita idéia do por que fiz um fake além da finalidade de ter algo como passatempo nas horas vagas. Afinal, o que seria isso tudo? O que seria essa "vida", além de um merojoguinho de palavras e ações inreais em que as pessoas que se falam mal se conhecem? Eu não entendo o propósito desse jogo, e sinceramente estou cansada de tentar saber jogar.

Na metade do caminho eu já me achava, vamos dizer... "experiente" nessa brincadeira, nesse joguinho robótico em que parece que todos sabemos a fala um dos outros, que tudo parece muito igual, constante e chato. Em que tudo se resume a macetes e tentativas fracassadas de se chegar a perfeição usando atalhos. Em que se conta uma piada e se ri de forma imbecil e esdrúxula, sem ao menos abrir um sorriso na face. No fundo acabei percebendo que ainda não sei brincar de fake e tenho muito que aprender.


Afinal, qual a graça de viver uma vida que não é sua? Alguns deixam de viver em seus próprios mundos e buscam viver a vida dos outros, ou até mesmo de personagens que criam para fugir de seus problemas reais. A idealização de um mundo perfeito e simples. As pessoas se alegram em ser iludidas, em viver em uma mentira contada. Fantasiam sua própria realidade inventada e dividem entre si para não se sentir tão solitários. Essa é a verdade, pois no fundo estamos todos sozinhos nessabagunça . Mas ao fazer isso não pensamos que essa outra vida também pode ter problemas, complicações. E no final tudo pode virar uma bola de neve que não pára de crescer nunca.


Com isso percebi que essa vida não é muito diferente da outra (se é que existem duas vidas no final das contas) e que os tais "macetes" do jogo são os mesmos. Mesmo assim continuo aqui e continuo vivendo. Por quê? Porque apesar de todos os aspectos negativos, eu também tive experiências muito boas nofake e na minha vida pessoal. Conquistei pessoas, pessoas que hoje em dia, apesar dos apesares, posso chamar de meus amigos sem exitar ! Pessoas que eu sei que posso contar sempre que precisar de um conselho, uma ajuda e encontrei amores, pessoas que posso amar e me fazer sentir amada. E é claro que na minha vida pessoal, eles fazem muita diferença, mesmo que não estejam presentes de corpo, sempre estarão de mente, e isso por mais que possa parecer besteira, me basta. Acho que é uma questão de equilíbrio. Tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, uma coisa compensa a outra, é sempre assim. Nada pode ser bom demais o tempo todo. 'Felicidade temporária é como esperar pela faca'.


Ultimamente, eu perdi muitas pessoas e conquistei novas, briguei com pessoas das quais não vivo sem e perdi outras que nem tiveram oportunidade de me conhecer evice -versa. Mas tudo se renova, não é o fim do mundo, não ainda, talvez. Pra mim as coisas não mudam, as pessoas não mudam, e todas elas mentem. As coisas e as pessoas. Mas aidéia de fake (e de vida) é essa, mesmo que tudo aqui seja "verdadeiro" (ou que nós consideremos assim), tudo não passa de mentira, ilusão que nós mesmos criamos pra parecer verdade, pra não parecer tudo tãoFAKE. Hoje em dia, tudo pra mim é muito fake, muito falso, tudo soa irreal e sem graça.


Pra não perder a minha lucidez, eu fingo que está tudo bem, que nada acontece, que a vida continua com ou sem isso. É eu me engano. Eu não espero mais nada de ninguém, nem de mim mesma, nada mais é surpresa pra mim.
Se ainda fico aqui, tenho meus motivos e garanto que sou uma pessoa covarde, que desiste fácil e muitas vezes nem tenta, cai e demora a se levantar. É eu sou uma pessoa pessimista! Mas como diz um ditado que li um dia desses: "O pessimista nada mais é do que um otimista bem informado". A vida é isso, um aprendizado de cada vez. A solução é aprender a lidar com isso, seguir os caminhos certos e torcer pra não se perder.

"Nascemos sem pedir e morremos sem querer. Aproveite o intervalo!!"